domingo, 1 de julho de 2012

Módulo IV - Semana 4 - Vídeo-aula 16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

A vídeo aula mostra o resultado de duas pesquisas acadêmicas que dialogam sobre as dificuldades no ingresso e permanência de pessoas com deficiência na escola, culminando na educação tardia por meio do acesso à EJA. 

É possível perceber e analisar os dados das duas pesquisas sob a ótica reflexiva de que "será que é possível esse aluno ser escolarizado sem precisar esperar as oportunidades de acesso na vida adulta?", assim como no caso de Paula, que foi relatado na segunda pesquisa, podemos perceber nitidamente que o seu efetivo acesso só se deu aos 28 anos após uma longa trajetória de falta de recursos, discriminação e a fragmentação do acesso, ora disponível, ora não disponível e em outros momentos precário ou inadequado com acesso, mas sem a oportunidade de escolarização, o que fez parte da construção do seu conhecimento ficar prejudicado ou até mesmo perdido. 

O que chamou muito minha atenção foi o fato de que Paula relata que, em 2006, aos 28 anos,  cursando a 4ª série em uma sala de EJA, foi um ano muito importante, pois ela conseguiu finalizar o ciclo I e posteriormente acessar o ciclo II e ainda relata que a professora foi muito importante no processo porque teve um olhar educativo e humano com ela, perguntando e considerando suas reais necessidades.

Diante deste relato, penso que, é sim muito importante que hajam políticas públicas que possibilitem o acesso, permanência e qualidade na aprendizagem desses alunos, porém é preciso também que hajam profissionais engajados e que acreditem na educação inclusiva, isso desde a educação infantil até as universidades, pessoas como esta professora que a Paula teve a felicidade de encontrar, mesmo que tardiamente, que valorizem e olhem o ser humano como cada um, um ser diferente e único, com inúmeras necessidades.

Finalizo minhas considerações com uma reflexão sobre a imagem abaixo, e fica o questionamento: será mesmo que estamos promovendo a inclusão para os alunos com NEE que estão matriculados em nossas escolas, ou será que, como na imagem nossa inclusão é apenas aparente? Superficial? Será que nosso papel é somente oferecer o acesso, ou precisamos também dar condições para que a aprendizagem se efetive?
http://arteducadora.blogspot.com.br/2009/04/diferenca-entre-integracao-e-inclusao-o.html
Para ilustrar melhor meu ponto de vista, anexo abaixo o site com um relato de um Psicologo deficiente visual que conta um pouco de sua trajetória para chegar até a Universidade e formar-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
;