segunda-feira, 31 de outubro de 2011 0 comentários

Módulo II - Semana 1 - Vídeo Aula 1 - A escola e as relações com a comunidade

A escola precisa romper seus muros e se integrar com a comunidade, se abrindo para a família e para o mundo externo. Para isto ela necessita ampliar os espaços educativos, incorporando os recursos oferecidos pela cidade e prioritariamente pelo seu entorno no desenvolvimento de projetos que contemplem a comunidade como espaço de aprendizagem.
  • Comunidade - o conceito de comunidade vai além de envolver a família, é preciso   envolver todo o entorno da escola (família, trabalhadores da região, comerciantes e também os espaços onde as pessoas desta comunidade vivem e passam o seu tempo).
  • Espaços da comunidade - os espaços frequentados pela comunidade tem uma riqueza enorme para a vida das pessoas, pois enriquece o currículo com suas características sócio-culturais.
Há alguns projetos existentes que procuram a iniciativa de integrar a comunidade à escola, como exemplo podemos citar o Projeto "Escola da Família" no estado de SP com ações de cultura, lazer e esporte, porém neste projeto não há uma integração entre a escola regular e a escola aberta nos finais de semana, o espaço é o mesmo, mas os agentes envolvidos não se integram e muito menos o currículo. Articular a escola com a comunidade é muito mais q isso, pois não se pode ignorar o currículo da escola.
Há aproximadamente 6 anos tive a oportunidade de participar do Projeto Escola da Família em uma escola estadual de Ensino Fundamental I na Zona Norte da cidade de São Paulo e, refletindo hoje, pude observar nitidamente a "desconexão" entre a escola regular que funcionava de segunda à sexta-feira e as atividades que ocorriam no Projeto aos finais-de-semana, pois o coordenador do projeto alocado na escola e a maioria dos estagiários não estavam cursando ou tinham formação pedagógico, bem como não conheciam a realidade da escola e de sua comunidade. A diretora da escola não apoiava o projeto  e diversas vezes dificultou as ações do coordenador mantendo trancado o acesso às dependências de salas de aula e parte interna. As atividades eram hora livres como materiais de esporte e lazer e em outros momentos alguns voluntários davam aulas de dança, pintura e teatro. Vejo que tudo que foi feito era com muita boa vontade e empenho dos envolvidos, pois com o tempo arrecadaram verbas para aquisição de novos materiais, porém em nenhum momento a escola regular foi envolvida no trabalho, nem a comunidade   em sua maior amplitude. (Fernanda Lourenzato)
           
A escola e seu currículo deve ser considerada como o centro das ações. É importante destacar e priorizar que o entorno da escola (bairro, comunidade) tem uma série de conteúdos que podem ser problematizados. Esses conteúdos ocorrem em três movimentos diferentes:
  • Para fora da escola - Movimento que consiste em sair dos quarto muros da escola, ou seja é a pesquisa em campo, no entorno, no bairro. Com o objetivo de localizar no entorno do seu bairro situações que ilustrem a detecção de uma problemática como base do projeto. Os registros das problemáticas são feitos pelos alunos em suas observações através de entrevistas, textos, fotografias etc, sendo também uma forma de possibilitar o professor a conhecer a realidade de onde os próprios alunos vivem.
  • Para dentro da escola - Seguindo o conceito de transversalidade e pedagogia de projetos, a partir das observações realizadas no entorno da escola é necessário trazer a problemática observada para dentro do currículo, com base nas problemáticas que foram vistas no entorno da escola os alunos criam questionamentos que posteriormente irão permear o desenvolvimento das atividades. 
  • Protagonismo dos estudantes - Tanto em seu projeto político-pedagógico como em seu planejamento institucional, a escola precisa considerar a realização de projetos e ações que, ao mesmo tempo promovam o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantam uma formação política aos jovens de modo a lhes permitir participar da vida social de forma mais crítica, dinâmica e autônoma. Os alunos desenvolvem campanhas, montagem de rádios comunitárias, boletins sobre as temáticas na rádio ou jornal mural, peças de teatro, intevalos permeados por danças (hip-hop) contextualizando o que eles vivem no dia-a-dia. É uma escola q integra dentro dos currículos das atividades o que está dentro da cultura (dança) com o que está na problemática do entorno da escola.
 
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